Elaboração da Proposta
Profa. Dra. Márcia Lígia Guidin
Está no site da uol: www.uol.com.br
Banco de Redações
Com base nos textos abaixo, elabore sua redação sobre o tema O que você acha do novo Acordo Ortográfico?.
( Fiz algumas adaptações em relação ao texto original)
Observações
· Seu texto deve ser escrito em língua portuguesa;
· Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração;
· A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
· Não deixe de dar um título a sua redação;
Os textos deverão ser entregues na primeira semana do mês de março: 02 a 06/03/2009,respeitando o horário de aula em cada turma.
O que você acha do novo Acordo Ortográfico?
Está em vigor o Acordo Ortográfico que unifica a escrita em todos os paises que falam português. Ainda causador de dúvidas e polêmicas, o Acordo mudou a grafia de apenas 0,5% das palavras escritas no Brasil. Para muitas pessoas, esse assunto é indiferente. Mas quem usa obrigatoriamente a ortografia oficial, como professores, jornalistas, redatores, editores, escritores e estudantes, tem muito o que decorar. "Esse Acordo só interessa ao Brasil", já gritaram certos portugueses. "É útil e facilitará o intercâmbio cultural entre paises lusófonos", retrucam especialistas. O fato é que até 2012, o país precisa se adequar às novas regras. O que você acha desse Acordo?
Bom para a unidade e prestígio dos países?
"Para [Evanildo] Bechara, a reforma ortográfica é necessária para defender a língua portuguesa. Trata-se do único idioma falado por um grupo majoritário - mais de 230 milhões de pessoas - no mundo a ter duas grafias diferentes. É essencial que o português se apresente com uma única vestimenta gráfica. Para manter o prestígio e para que seja mais bem ensinado e compreendido por todos".[Sylvia Colombo. Folha de S. Paulo. Ilustrada, 29/12/08.]
Somos 230 milhões no mundo:
Angola: 17,5 milhões
Brasil: 190,3 milhões
Cabo Verde: 435 milGuiné -Bissau: 1,4 milhão
Moçambique: 20,5 milhões
São Tomé e Príncipe: 157 mil
Timor Leste: 1,1 milhão
[Veja, Especial, idioma p. 193. São Paulo: Abril. Ed. 2093. Ano 41, nº 52: 31/12/08.]
O (des)acordo ortográfico
"Nesta Folha e em outros veículos, já expressei claramente minha oposição a esse estéril e inoportuno Acordo, cujo custo supera o suposto benefício. Respeito profundamente a posição (...) de homens da estatura e dignidade do lexicógrafo Mauro Villar, [...] e do professor Evanildo Bechara, mas, do baixo da minha insignificância, ouso perguntar: não teria sido melhor esperar que tudo estivesse realmente pronto para "cortar a fita do Acordo?"[Pasquale Cipro Neto. Folha de S. Paulo. Cotidiano, 1/1/09.]
Um Acordo e várias vozes
· "Buemba!Buemba! [...] Novidades da reforma, ops, do puxadinho ortográfico. Tem um botequim no Rio que tá vendendo lingüiça com trema e linguiça sem trema. Com molho e sem molho! Rárará!" [José Simão. Folha de S. Paulo. Ilustrada, p. E9. 13/1/09].
· "Pára tudo, tivemos uma idéia ótima. Quer dizer... Para tudo, tivemos uma ideia ótima. Estranho, não? (...) Nós continuaremos a gritar: PARA TUDO! Mas olha como é ruim gritar isso sem acento! O acento confere drama, pressa, desespero. E não, não deixaremos de ser desesperadas nem dramáticas (...).. Mas teremos de escrever desse jeito, porque é o que manda a reforma ortográfica que começa a funcionar (...).[Jô Hallack, Nina Lemos, Raq Affonso. (02 Neurônios) Folha de S. Paulo. Folhateen, 6/10/08.]
· [...] Vou sentir falta da velha ortografia, uma falta nada nostálgica, mas visual. "O voo, sem o circunflexo, parece que ficou mais raso e pesado.(...). E o que dizer da nova 'ideia'? Sem o acento agudo tornou-se grave, fechada (...). E os tremas, esses dois pontinhos suspensos, olhinhos fixos que davam tanta graça e elegância à letra 'u'?[Milton Hatoum. O Estado de S. Paulo. Caderno 2, 9/1/09]
· [...] O atroz dilema do hífen (co-abitar ou coabitar?), o degredo do acento agudo de palavras como jiboia e averigue e a horrível morte de certos circunflexos estão levando gramáticos às fuças.(...). Sem o chapeuzinho, por exemplo, como conjugar verbos como coar e moer? Eu coo, eu moo? (...) Enquanto isso, os dois inocentes pontinhos sobre linguiça, quinquênio, pinguim etc foram varridos pelos linguístas sem a menor contemplação...[Ruy Castro. Folha de S. Paulo, Opinião. 10/1/08.]